Ao ler sobre as antigas rainhas da Europa que marcaram a história, lê-se sobre tanto sobre os seus atos que marcaram, quanto sobre as suas famas de castas ou voluptuosas, ambiciosas e até maquiavélicas.
Mas ao pensar nisso também temos que parabenizá-las, porque provavelmente, elas deveriam ter muito sangue frio para viver naquela realidade. Ao se imaginar aquela época e se imaginar no lugar delas, e pensar que eram noivadas aos doze, treze, e até mesmo aos dez anos (às vezes antes mesmo de nascer) sem ao menos conhecer ou perguntar se realmente queriam aquilo. Além disso, poderiam encontrar tanto noivos tão crianças quanto elas, como também um velho, ou um cara repugnante tanto em maneiras quanto na aparência. Eram treinadas desde a infância para parecerem castas, submissas, tranquilas, educadas, perante a sociedade, não importasse seu estado de espírito. Então só restava mesmo era ambicionar a posição de Rainha.
E a situação foi mudando, movimentos feministas ascenderam, querendo enfim desassociar a idéia de somente papel procriador para a mulher. Até que finalmente veio a pílula anticoncepcional, que transformou essa ideia e a partir de então a situação vem mudando e cada vez mais se é discutido a evolução da participação feminina ativa no mundo, até mesmo em famílias é visto que a submissão não é mais um ideal difundido.
Porém, temos degradação de alguns aspectos da evolução feminina, que dessa vez não se pode culpar somente os homens e sim também as próprias mulheres. Mesmo tendo mudado a imagem da mulher de apenas procriadora, agora se tem à ideia de objeto. Temos exemplos vivos aqui no Brasil, das tais “mulheres frutas”, entre outras, que transformam seu corpo, querendo atingir medidas incríveis de seios e bunda para mostrar todo o seu poderio sensual, fazendo homens tolos (a mídia também) a disseminarem aquilo como idéia de mulher “gostosa”, além também de outras mulheres a passarem adotar esse ideal.
Ainda se têm também, revistas que pagam muitas atrizes, cantoras, subcelebridades, modelos, entre outras a fazerem fotografias sensuais. Ainda para piorar, as fotografadas, muitas vezes afirmam ser arte, como se fosse artístico promover a diversão masculina nos banheiros.
Espera-se, com esperança de muitas que se forme uma nova revolução, que transforme e exclua a associação de objeto a mulher e seja visto a crescente participação feminina em universidades, política, mercado de trabalho, na mudança de caráter submisso e sim valorizando a autenticidade e originalidade de cada uma, sem padrões fúteis, aí sim, teremos alcançado os tão sonhados ideais feministas de épocas anteriores.
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